O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) está em processo de renascimento, menos de um mês após sua extinção devido à fusão com o Patriota. Anteriormente liderada pelo ex-deputado direitista Roberto Jefferson, atualmente preso desde outubro de 2022, a sigla busca agora se recriar à esquerda.
A mudança de direção ideológica pretende resgatar as origens do PTB, quando foi abrigo de figuras como os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, além de Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
A fusão do PTB com o Patriotas resultou na criação do Partido da Renovação Democrática (PRD), uma estratégia para contornar a cláusula de barreira. No entanto, a nova legenda não obteve o desempenho necessário na eleição à Câmara dos Deputados para garantir acesso aos fundos partidário e eleitoral.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recentemente autorizou brizolistas a iniciar a coleta de assinaturas para a recriação do PTB. O processo, que deve ser concluído em dois anos, exige a obtenção de 500 mil assinaturas.
À frente da recriação está Vivaldo Barbosa, ex-deputado constituinte e brizolista, que busca resgatar a vertente trabalhista do partido. O novo estatuto do PTB define que a sigla retomará suas cores originais, inspirando-se nos princípios de democracia, nacionalismo, trabalhismo, socialismo e na prática da República.
A intenção é manter o número do partido nas urnas, o 14, após a coleta de assinaturas. O novo PTB já conta com representação em 20 estados e iniciou a coleta, faltando apenas seis estados para estabelecer comissões.