Como forma de promover a construção coletiva do Plano de Bioeconomia do Amazonas, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) realizou, na quarta-feira (07/05), novas etapas dos Diálogos nos municípios de Apuí (a 453 quilômetros de Manaus) e Jutaí (a 51 quilômetros da capital amazonense). Os encontros foram responsáveis por agregar membros de setores variados da sociedade civil, com o principal objetivo de discutir e formular ideias para o fomento das diversas vertentes da bioeconomia.
Representando a secretaria em Apuí, o gerente do Departamento de Diversificação Econômica (DDE) da Sedecti, Luiz Bernardo, ressaltou a presença de representantes vindos de diferentes instituições, sobretudo de universitários. O encontro foi realizado no auditório do Núcleo de Ensino Superior da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
“Tivemos participações de várias instituições, acadêmicos, pesquisadores e de povos tradicionais. O diálogo para a construção do Plano Estadual de Bioeconomia do Amazonas foi muito importante. Queremos agradecer à gestão municipal, que nos auxiliou, juntamente com a UEA, para que nós pudéssemos consolidar esse diálogo, para que nós pudéssemos construir, com ideias, sugestões e aquilo que a gente realmente precisa: ouvir quem mora e quem vive em seus municípios”, destacou Luiz.
A professora do curso de Agroecologia da UEA, Ruth Trindade, pontuou a necessidade da escuta ao cidadão amazonense e suas principais necessidades diante da construção do plano, visando entender a realidade local de cada município e de seus habitantes. Trindade salientou também a presença do meio acadêmico dentro do espaço de elaboração do plano.
“Essa proposta do governo vem mesmo trabalhar a importância de ouvir a população, e no nosso caso, ouvir os acadêmicos também, ouvir o conhecimento da universidade. O curso de Agroecologia se sentiu muito lisonjeado no convite porque eles querem também ouvir esse cidadão que está em formação, então é muito relevante, é um diferencial dentro do governo construir um plano com esse olhar”, enfatizou Trindade.
O vice-cacique e representante da Organização Indígena Quatro Penas e Apuí, Elis Cardoso de Brito, reafirmou o compromisso dos Diálogos ao dar voz e espaço para as comunidades tradicionais participarem abertamente.
“Para a nossa comunidade representa um bom conhecimento, porque a gente não tinha esse conhecimento hoje. Nós estamos em ação juntos, que aí a gente tem força, todo mundo, para trazer o conhecimento para a nossa comunidade e para o nosso povo”, declarou Brito.
Jutaí
No município de Jutaí, os Diálogos foram realizados no prédio da Cooperativa. O assessor da Sedecti, Nilton Nathan, elencou os resultados alcançados durante o evento, destacando as contribuições da sociedade em geral, principalmente dos habitantes da região, para a organização do documento.
“O evento foi um sucesso, pois conseguimos ouvir toda a sociedade civil envolvida. Trouxemos muitas ideias com as pessoas presentes. Com isso, conseguimos efetivar uma boa ideia para o plano, para que possamos conseguir levar à população essa resposta do que temos como um plano de bioeconomia e efetivar de forma justa para as pessoas”, afirmou.
O secretário municipal de produção, Nelton Peres, agradeceu ao Governo do Amazonas pelo esforço desempenhado em ouvir e se preocupar com os moradores da região, sobretudo com os produtores que estão localizados no município.
“Esperamos que a construção do Plano de Bioeconomia do Amazonas possa dar uma melhor contribuição para nossos agricultores e pescadores. Desde já agradecemos ao Governo do Estado e ao secretário Serafim Corrêa por nos dar essa oportunidade para falar sobre nossas necessidades”, disse Peres.
O subsecretário municipal de meio ambiente, Diogo Oliveira, parabenizou a realização do evento e expressou as várias possibilidades de atuação do Plano dentro do município de Jutaí, ressaltando as oportunidades de ação dentro de cada
“Estamos agraciados com os Diálogos. O município fica muito feliz, e esperamos que o estado possa ter um grande potencial na bioeconomia, onde vai nos ajudar a desenvolver nosso município, trazendo melhorias na qualidade de nossos alimentos, à agricultura e aos povos tradicionais. Tudo aquilo que temos de bens hoje, será bem usufruído e teremos mais qualidade para o nosso futuro”, destacou Oliveira.
Os Diálogos realizados em Apuí e Jutaí foram organizados por meio de uma parceria entre a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Sedecti, com recursos do Instituto Clima e Sociedade (ICs) para o projeto de construção do Plano de Bioeconomia do Amazonas.
