Empresa denunciada no âmbito da CPI da Saúde por suspeita de improbidade, a Líder Serviços vai prestar serviços de lavanderia para o Hospital Adriano Jorge por R$ 189 mil por 3 meses
Manaus – Mais uma empresa alvo de investigação da CPI da Saúde ganha contrato do governo do Estado após o término da Comissão na Assembleia Legislativa do Estado (ALE). No último dia 22, a Fundação Hospital Adriano Jorge dispensou licitação para contratar a empresa Líder Serviços de Apoio a Gestão de Saúde por R$ 189 mil.
Segundo publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), do dia 23, a Líder foi contratada para prestar serviços de lavanderia hospitalar interna 24 horas, pelo período de três meses.
No relatório final da CPI da Saúde, a empresa foi denunciada por improbidade administrativa. Em 14 de agosto, o dono da empresa Líder, empresário Sérgio Chalub, foi ouvido pelos membros da Comissão que colocaram, ‘em xeque’ a capacidade técnica e idoneidade de empresa que, até aquele momento, havia lucrado R$ 16,3 milhões apenas com processos indenizatórios com o governo do Estado.
Em agosto, o presidente da CPI, deputado estadual Delegado Péricles (PSL) se manifestou sobre os contratos da Líder com o governo do Estado. “A Líder tem o mesmo perfil da Norte Serviços: lucra milhões em processos indenizatórios, que são ilegais, por mais diferentes prestações de serviços. Além disso e o que é considerado grave por essa CPI, foi escolhida para atuar mesmo sem ter qualquer histórico de atuação anterior nas áreas nas quais atende o governo hoje. O direcionamento, assim como nos outros casos, é alvo de nossa análise”, afirmou.
Na última terça-feira, o Grupo GDC divulgou que outra empresas apontada pela CPI como autora de atos de improbidade ganhou quinto termo aditivo e vai faturar mais R$ 182,7 milhões do governo do Estado para prestar serviços à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES). Por mês, o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) receberá R$ 15,2 milhões para prestar serviços no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Aziz e Unidade de Pronto-Atendimenro (UPA) Campos Sales.
Em 29 de setembro, a CPI da Saúde pediu o indiciamento de 16 pessoas apontadas como envolvidas em irregularidades em contrato firmado com a INDSH. Entre os citados até a própria Organização Social de Saúde, por atos de improbidade; além do ex-secretário de Saúde do Estado, também citado no relatório da Comissão por ato de improbidade.
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