Único mamífero com escamas, o pangolim é considerado o animal mais traficado do mundo. Sua carne e escamas são consumidas pois acredita-se que têm poder de curar determinadas doenças e melhorar o desempenho sexual.
O comércio desses animais já foi banido internacionalmente, mas fazer com que a lei seja cumprida é muito mais difícil.
A ONG WWF estima que globalmente mais de um milhão de pangolins foram caçados na última década.
Em 2019, apreensão ilegal de escamas de pangolim ultrapassou a marca de 100 milhões de dólares e foi a maior da histórica.
As escamas do pangolim, contudo, não estão nele à toa. Ele as usa para se proteger de predadores.
O pangolim também é conhecido por carregar naturalmente – assim como os morcegos – o vírus Sars-CoV-2, o coronavírus. E exceto por humanos, os pangolins não possuem predadores naturais. Imagem: Then Chih Wey/Xinhua Quando um pangolim se assusta, ele se transforma em uma bola impenetrável e só se “desenrola” quando a ameaça desaparece. Por essa características, também é conhecido como pinha ambulante.
São conhecidos, na Libéria, como “ursos formigas” por sua dieta de formigas e cupins. Imagem: Getty Images/iStockphoto Para protegê-los e lutar contra sua extinção, há na Libéria um santuário, o Libassa Wildlife Sanctuary, com essa finalidade. No país há uma longa história de consumo de carne de caça de primatas e pangolins para consumo, uma vez que a maior parte dos habitantes vive em áreas de floresta.
Eles têm línguas longas e pegajosas para lamber formigas e cupins o mais rápido possível. Imagem: Getty Images/iStockphoto Dessa forma, o santuário se tornou uma espécie de refúgio para os pangolins. A reabilitação dos animais resgatados, contudo, não é fácil, principalmente pela alimentação. Eles só comem formigas e cupins e os trabalhadores do santuário não podem alimentá-los com formigas e cupins em uma tigela.
Funcionário do santuário solta pangolim na Libéria Imagem: Reprodução De acordo com a organização, 65 pangolins já foram levados para o santuário e, com sucesso, 44 foram libertados na natureza.