O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou que não deseja o mal para o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, mas acredita que ele “não tem saída” e será cassado. Moro está sendo investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022, conforme protocolado pelo próprio Partido Liberal e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV).
A acusação sustenta que Moro teria causado desequilíbrio eleitoral ao realizar gastos excessivos durante a pré-campanha ao Senado. A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (PRE) manifestou-se favorável aos pedidos formulados pelos partidos, destacando que os gastos do ex-ministro excederam o limite legalmente permitido. O parecer ressalta que as despesas incluíram viagens, coletivas de imprensa, assessoria de comunicação, serviços de advocacia e locação de veículos, totalizando R$ 7 milhões, enquanto o teto permitido pela lei seria de R$ 4,4 milhões.
Valdemar Costa Neto mencionou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, cotada para a vaga ao Senado em caso de cassação de Moro, não tem interesse na disputa. O presidente do PL afirmou que Michelle não deseja concorrer em uma eventual eleição suplementar, mesmo sendo a mais cotada no partido. Outros nomes, como o ex-deputado Paulo Martins, também são cogitados para uma possível eleição suplementar.
A previsão é que o caso de Sergio Moro seja julgado pelo TRE-PR em janeiro do próximo ano. A cassação do ex-ministro, segundo Costa Neto, é vista como inevitável.