“A carreta foi levando tudo”. Assim resumiu um dos motoristas envolvidos no grande engavetamento ocorrido na noite de ontem em uma rodovia no Paraná que deixou ao menos oito mortos e 26 feridos.
Segundo o Corpo de Bombeiros e PRF (Polícia Rodoviária Federal), a fumaça causada por uma queimada e a forte neblina ocasionaram o engavetamento no km 76 da BR-277, no sentido Paranaguá, região de São José dos Pinhais (PR). Com a visibilidade ruim, alguns veículos se envolveram em uma colisão e ficaram parados na via. Alguns ocupantes chegaram a deixar os carros.
Nesse momento, porém, um caminhão veio pela pista e não conseguiu frear. Ele atingiu os carros que estavam parados e atropelou pessoas que estavam no local. Outros carros ainda bateram em seguida.
“Quando parei, os veículos vieram batendo atrás do meu, e consegui ainda com alguma habilidade, com calma no momento, jogar para o canto esquerdo da via, e consegui sair”, disse o administrador Ricardo Xavier.


Quando eu estava saindo para o outro canto para tentar sair dali veio a carreta e passou e foi levando tudo e batendo nos carros. Infelizmente foi algo muito triste Ricardo Xavier, motorista envolvido no acidente.
“Os carros batiam um no outro” Já Edson Antônio contou que estava voltando de viagem, a cerca de 10 minutos da sua casa, quando a visibilidade ficou próxima de zero.
“Não dava para enxergar muito. Diminuí a velocidade, vi um carro parado na pista, consegui frear e liguei a seta. Um gol vermelho acabou batendo atrás de mim”, disse em entrevista ao repórter fotográfico Franklin Freitas. “Quando desci do carro para ver se ele estava bem, começou a vir um monte de carros se batendo, uma moto também. Estávamos com duas crianças no carro, pegamos elas e saímos correndo. Nossa sorte divina é por estarmos na pista da esquerda, se estivéssemos na direita, teríamos sido acertados. Eu não vi o caminhão, só ouvi o barulho, porque a visibilidade era zero”, acrescentou.

Outro motorista envolvido no acidente, Leonardo Barros Castro, relatou que o engarrafamento continuou após o caminhão bater nos primeiros veículos e atropelar as pessoas que estavam na pista.
“Eu já cheguei depois do caminhão. Eu bati o carro em um carro parado com o pisca-alerta. Liguei o meu pisca-alerta e vieram vindo carros e batendo. Tivemos que sair correndo para não ficar no meio da confusão. Os carros batiam um no outro, porque não dava para enxergar nada”, disse.
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