Esther ficou três anos como “esposa” de um dos líderes do grupo terrorista e teve uma filha dele
Durante a segunda Conferência Ministerial para o Avanço da Liberdade Religiosa, que aconteceu nessa semana em Washington (EUA), a nigeriana Esther, 20 anos, contou como conseguiu sobreviver depois de ser sequestrada pelos terroristas do Boko Haram.
“Fui sequestrada pelo Boko Haram (por ser cristã) e consegui escapar deles”, relatou ela para os presentes, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e vários cristãos perseguidos que também contaram um pouco de suas histórias.
Segundo o Portas Abertas, Esther foi capturada em Gwoza e passou por três cativeiros até que conseguiu fugir de forma ousada. Ao voltar para sua comunidade, ela foi duramente julgada por sua família por ter tido uma filha de um dos líderes do grupo terrorista que a manteve como uma de suas quatro esposas após ter abusado sexualmente dela.
Ela foi sequestrada em 2014 e ficou em cativeiro por 3 anos. Ela viu muitas pessoas serem mortas pelos terroristas, sofreu abuso sexual e outras experiências traumáticas. Ela só conseguiu fugir quando o líder foi morto e suas quatro esposas se juntaram para fugir.
Esther foi encontrada na floresta pelo exército nigeriano, foi mantida em uma condição de “semi-prisão” até que um médico cristão conseguiu conectá-la com sua família que, pressionados pela comunidade, começaram a rejeitá-la por conta de ter tido uma filha com os terroristas muçulmanos.
A jovem participa dos aconselhamentos pós-trauma realizados pela Portas Abertas, o que a tem ajudado a lidar com sua situação. Ela diz: “Mesmo que eles zombem da minha filha, eu não sinto mais dor, porque sei que não é isso que meu bebê é”.
O Portas Abertas, através de seu presidente, David Curry, também participou dos eventos sobre perseguição que aconteceram nos EUA. Em reunião com o vice-presidente americano, Mike Pence, Curry compartilhou pesquisas e histórias sobre a perseguição de cristãos em mais de 60 países e o trabalho organização no fortalecimento da igreja perseguida pelo mundo.
“O vice-presidente Pence compartilhou seu apreço pela Portas Abertas e tudo o que estamos fazendo para apoiar a liberdade religiosa e os cristãos perseguidos”, disse Curry.