Manaus – O mistério que cercava o par de pernas encontrado na noite do dia 30 de janeiro deste ano, no beco dos Escoteiros, no bairro Compensa, na Zona Oeste de Manaus, acabou ontem quarta-feira (29). O resultado do exame de DNA feito nos membros inferiores aponta que o membro é de fato da dona de casa Marquilene Cardoso da Silva, que tinha 46 anos. Na época do crime, a família reconheceu o pé da dona de casa pela cor dos esmaltes nas unhas.
Desde o mês de janeiro, a família vem passando pelo desespero de não saber onde está o restante do corpo da dona de casa, além de não ter nenhuma resposta sobre as investigações. Com o resultado do DNA, a família fez o sepultamento, na tarde desta quarta, apenas dos membros inferiores. O sentimento no Cemitério São Francisco, no Morro da Liberdade, Zona Sul de Manaus, era de revolta com o descaso.
“Infelizmente, nós estamos de mãos atadas e não podemos fazer nada. Já se passaram quase três meses e não encontraram o resto do corpo. É difícil demais conviver com tudo isso, mas entregamos tudo nas mãos de Deus. Queria muito que encontrassem o resto do corpo dela para que eu conseguisse acreditar nessa morte “, lamentou Leonardo Cardoso, filho de Marquilene.
Os familiares cobraram rigor da Polícia Civil do Amazonas nas investigações. “Não temos resposta alguma e agora com essa pandemia é que vai ser mais difícil mesmo. Mas seguimos na esperança de ver quem cometeu esse crime atrás das grades”, declarou Kelwe Cardoso, outro filho da vítima.
Investigações
Questionados pelo Em Tempo sobre o andamento das investigações, o delegado Paulo Martins, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou, por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa, que as investigações em torno do caso seguem e mais informações não podem ser repassadas no momento.

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