Em maio ele foi alvo da ‘Operação Seronato’, deflagrada para investigar possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A Justiça Federal no Amazonas determinou o bloqueio de bens do deputado Federal Delegado Pablo (PSL), licenciado da corporação, que foi um dos alvos da “Operação Seronato”, deflagrada em maio pela Polícia Federal para investigar possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O inquérito também cita investigação da “Operação Udyat”, que apura crimes como corrupção e violação de sigilo funcional.
O Delegado Pablo informou, por meio da assessoria, que não vai se pronunciar a respeito.
Na decisão, o juiz Federal Titular da 2ª Vara Federal, Marllon Souza, determinou o sequestro de um imóvel localizado na Av. Efigênio Sales e outro na Av. Jufari.
A Justiça também autorizou o compartilhamento de todas as informações obtidas com a Receita Federal do Brasil para que sejam realizados os lançamentos e cobranças de tributos eventualmente sonegados no período. Com isso, a Receita poderá analisar se o investigador cometeu outros crimes fiscais.
De acordo com o documento, ao ser ouvido, o Ministério Público Federal se manifestou pelo deferimento da medida de sequestro dos bens arrolados pela autoridade policial, bem como pelo compartilhamento de provas.
A “Operação Seronato” investiga possíveis práticas de crimes como corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. À época, Pablo se pronunciou por meio das redes sociais. Ele disse que as acusações são mentiras e descabidas, de fatos ocorridos há 8 anos atrás.
Também são investigados dois familiares do deputado, além de dois empresários e da ex-sócia de uma das empresas envolvidas. Os nomes dos outros investigados não foram divulgados.
Ainda conforme a PF, as provas dos crimes e indícios de autoria colhidos ao longo do primeiro inquérito indicam que o Delegado Pablo teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que resultou na “Operação Udyat”, deflagrada em 2012. A Polícia Federal informou que o delegado teria viabilizado, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a sua mãe, pelo valor de R$ 500 mil.
A segunda investigação, ainda conforme a PF, pretende esclarecer práticas de crimes de falsidade ideológica, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro. Esses crimes teriam sido praticados na subcontratação da empresa registrada em nome da mãe do policial federal, para que ela executasse o paisagismo do Aeroporto Internacional de Manaus, pelo valor de R$ 1,2 milhão.
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