Nesta sexta-feira, durante a abertura dos Diálogos Amazônicos em Belém, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a importância da Cúpula da Amazônia para estabelecer um mandato que promova um modelo de desenvolvimento comum entre os países da região. Esse modelo busca assegurar a sustentabilidade em todas as dimensões, considerando os desafios enfrentados pela floresta amazônica.
Os Diálogos Amazônicos são um evento prévio à Cúpula da Amazônia e têm como objetivo gerar propostas da sociedade civil para serem apresentadas aos presidentes dos países amazônicos que participarão da cúpula. Com a crescente mudança climática e a destruição acelerada da floresta, além dos problemas causados pelo garimpo ilegal e outras formas de criminalidade, Marina Silva enfatizou a expectativa de que a declaração resultante desses encontros possa trazer esperança para a região.
A Cúpula da Amazônia reúne os países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), composta por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A OTCA é considerada o único bloco socioambiental da América Latina. Neste evento, o governo brasileiro estendeu o convite para a Guiana Francesa, que, embora não faça parte da OTCA, possui territórios amazônicos, além da Indonésia e do Congo, países com grandes florestas tropicais preservadas.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, responsável pela organização dos Diálogos Amazônicos, ressaltou a importância da participação social na criação de um projeto coletivo. Os resultados desses diálogos serão apresentados aos presidentes durante a Cúpula da Amazônia.
Também presentes na abertura dos Diálogos, o governador do Pará, Helder Barbalho, e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, enfatizaram a relevância desses eventos para a região amazônica e sua população. Helder Barbalho destacou que esses encontros são o pontapé inicial para que, em 2025, Belém seja a capital das discussões sobre mudanças climáticas durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30).
Edmilson Rodrigues enfatizou a necessidade de considerar a voz da população da região amazônica nas discussões sobre o futuro da Amazônia, lembrando que a região é habitada por 30 milhões de seres humanos de diferentes etnias, que têm muito a contribuir para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e da humanidade como um todo.
O objetivo final da Cúpula da Amazônia é estabelecer uma visão conjunta de desenvolvimento sustentável para a região, considerando a riqueza de biodiversidade e recursos naturais existentes na Amazônia e buscando garantir sua preservação e utilização de maneira responsável e equilibrada.