O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), deu sinal verde na quinta-feira (17) para a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Essa ação foi requerida pela Polícia Federal (PF) na semana anterior, como parte das diligências vinculadas à investigação da Operação Lucas 12:2. O foco desta operação é desvendar um suposto esquema de organização criminosa voltado ao desvio e à comercialização de presentes recebidos pelo ex-presidente, provenientes de autoridades estrangeiras.
De acordo com as apurações conduzidas, as atividades ilícitas teriam tido início por volta do meio de 2022, estendendo-se até o início do presente ano. Entre as figuras implicadas no caso, encontram-se o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e seu pai, o general de Exército Mauro Lourena Cid. O militar desempenhava funções no escritório da Apex, situado em Miami.
De acordo com as normas do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes originários de governos estrangeiros deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), departamento da Presidência da República responsável pela guarda desses itens. Ficava vedado que esses presentes fossem retidos no acervo pessoal de Bolsonaro, assim como fossem omitidos de catalogação.
A reportagem está buscando contato com a defesa do ex-presidente Bolsonaro.
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[DATA] 18 de Agosto de 2023
[TEMPO] Há 3 horas
[CRÉDITO DA IMAGEM] © Getty
[TEXTO FINAL] O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua esposa, Michelle Bolsonaro. A ação foi realizada atendendo a um pedido da Polícia Federal (PF) como parte da investigação da Operação Lucas 12:2.
A investigação está focada em desvendar um suposto esquema de organização criminosa relacionado ao desvio e venda de presentes recebidos por Bolsonaro de autoridades estrangeiras. Segundo informações apuradas, os desvios teriam ocorrido entre meados de 2022 e o início deste ano. Entre os envolvidos no caso estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e seu pai, o general de Exército Mauro Lourena Cid, que trabalhava no escritório da Apex em Miami.
De acordo com as regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deveriam ter sido entregues ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), departamento da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes. A matéria aponta que esses presentes não poderiam ter sido mantidos no acervo pessoal de Bolsonaro e deveriam ter sido catalogados.
Até o momento, não houve declaração da defesa de Jair Bolsonaro sobre o assunto.