Situado no centro histórico da capital, esse bar se tornou ponto de reuniões de amigos para uma boa e gelada cerveja, conversas sérias e fiadas ou ouvir uma boa música.
O nome original do estabelecimento na esquina das ruas José Clemente e Lobo D’Almada era Mercearia Nossa Senhora dos Milagres.
Mas, no dia 14 de Janeiro de 1970, a história de Manaus foi registrada por uma grande tragédia. Neste dia, ocorreu a explosão das caldeiras da Santa Casa de Misericórdia, vitimando fatalmente 3 pessoas e deixando outras 15 feridas.
O barulho da explosão foi tão ensurdecedor, que todos os moradores das ruas José Clemente e Lobo D’Amada, correram para as janelas de suas casas, onde viram pedras e destroços voando por todos os lados, os mesmos achavam que se tratava de um terremoto, visto que tal explosão, fez com que tremesse o Tribunal de Justiça, o Quartel do Comando Militar da Amazônia, a Gráfica Rex e dezenas de casas da José Clemente, Lobo D’Almada e Dez de Julho.
A causa da tragédia foi uma super pressão no interior das caldeiras, em decorrência do entupimento da válvula de escape e o excesso de lenhas colocadas pelos foguistas (funcionário incumbido da alimentação, vigilância e manutenção de uma caldeira).
E foi ao meio dessa tragédia no centro de Manaus que o Bar Caldeira, que até então antes chamava-se “Bar Nossa Senhora dos Milagres” mudou o nome, sendo que por um milagre, nenhum boêmio fora atingido pelos destroços da explosão da caldeira do Hospital da Santa Casa de Misericórdia.
Intitulado pelos clientes como Templo Sagrado Caldeirense, o bar exalta todas as expressões artísticas, possui ainda uma galeria de artes, promovendo eventos independentes. Além de movimentar economicamente e culturalmente o centro de Manaus, o Caldeira é conhecido por promover a difusão e conexão do público com os artistas amazonenses.