A Polícia Civil acredita que o pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis, tenha sido assassinado por motivos financeiros e por desavenças sobre a gestão do patrimônio da família.
A afirmação foi feita na manhã desta quinta-feira (15) pela delegada-titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, Bárbara Lomba. Na quarta-feira (14), a especializada indiciou dois filhos do casal – Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas dos Santos de Souza – como responsáveis pelo assassinato de Anderson. Na manhã desta quinta, ambos foram transferidos para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
A delegada Bárbara Lomba, contudo, não descartou a possibilidade de que outros integrantes da família possam estar envolvido no crime.
“Após o indiciamento dos dois, iniciamos uma segunda fase das investigações. Nela, todo o contexto familiar será investigado e a deputada poderá ser investigada, também. Até o momento, ninguém está descartado. Sabemos que há uma motivação global nesse homicídio, não apenas do Lucas e do Flavio. Essa ação criminosa não se encerra neles dois”.
A delegada ainda falou sobre a principal prova técnica do crime e sobre a pistola foi associada a Flávio.
“A pistola utilizada no assassinato estava no quarto do Flávio. Nela, havia um pelo. Cruzamos o resultado do exame genético desse pelo com resíduos de talheres utilizados na casa e chegamos à conclusão que ele pertence mesmo a Flávio”.
O assassinato
Anderson do Carmo foi morto com vários tiros, na garagem da casa da família, em Pendotiba, em 16 de junho. Flávio e Lucas Cézar dos Santos de Souza estão presos, suspeitos de participar do crime. Flávio é filho biológico de Flordelis, enquanto Lucas foi adotado. A suspeita da Polícia Civil é que tenham cometido o crime para defender a mãe após uma traição.
A pistola utilizada no crime foi encontrada na casa da deputada. O celular de Anderson do Carmo ainda não apareceu. A mãe de Anderson afirmou, no mesmo mês, que não queria mais nenhum contato com a nora.
Nesta quarta (14), um celular foi encontrado na cela onde Flávio está preso sozinho. Seu advogado alega que o aparelho não é dele e estava no vaso sanitário, que estaria entupido desde que ele ocupou a cela.
Por Carlos Brito, G1 Rio