Foto: JC Andrade
A Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) recebeu, na última quarta-feira (7), a apresentação do projeto do Polo Tecnológico do Vale do Rio Negro. O projeto é uma iniciativa dos poderes executivo e legislativo do Estado, em parceria com a iniciativa privada, como uma proposta alternativa ao Polo Industrial da Zona Franca de Manaus.
A proposta é implantar o polo na Região Metropolitana de Manaus como alternativa econômica e empresarial às atividades da Zona Franca, com geração de emprego e renda, política pública que garante a sustentabilidade da floresta e investimento na indústria 4.0.
A primeira etapa do projeto é criar um espaço no Porto de Manaus com revitalização do Roadway, desenvolvendo processos de formação de mão de obra diferenciada, por meio de universidades e centros de pesquisa.
Segundo o professor Leonardo da Costa, o objetivo do projeto é criar um ambiente de inovação com vantagens competitivas para que pequenos negócios possam se estartar e grandes negócios sejam atraídos. A ideia é que em cinco anos tenhamos 50 mil empregos gerados a partir dessa experiência, resultando em um crescimento na economia em torno de R$ 20 bilhões por ano.
Inicialmente, o projeto terá um investimento de R$ 60 milhões, prevendo a criação de 250 startups, com um ambiente para co-working, incubadora e um complexo turístico.
“A ideia é fazer com que essa iniciativa trabalhe e mexa com a cabeça do empreendedor local, pois 100% das iniciativas de inovação de tecnologia no Estado, sobretudo na economia digital, são de pequenos negócios ou de negócios que ainda vão começar”, afirmou Leonardo.
A segunda etapa do projeto prevê a expansão para o Centro Histórico de Manaus, com melhoria e requalificação do ambiente instalado. Na terceira fase, o polo se expandiria com instalação de centros de pesquisa e área para instalação de um Parque Tecnológico, na Cidade Universitária, criando espaço para startups, aceleradoras, incubadoras.
“Inicialmente, optou-se pela questão do polo como pontapé, para depois se desenvolver e chegar a um Parque Tecnológico, que é um complexo bem planejado para desenvolvimento de empreendedorismo”, disse o professor Hilton Neto.
Segundo o deputado Felipe Souza (Patriotas), o ‘Vale do Rio Negro’ segue exemplos já implantados em outras cidades, como por exemplo Santa Catarina, onde foram gerados 42 mil empregos, movimentando em torno de R$ 15 bilhões. Para ele, Manaus tem um ambiente favorável para o projeto, por conta do Polo Industrial, além de algumas vantagens fiscais.
“O polo tecnológico movimentaria um valor muito melhor, com grandes chances de evoluir. Só criando um campo favorável que o talento do amazonense vai brilhar. Com um campo aqui em Manaus, com certeza, surgirão os nossos ‘Mark Zuckerberg Baré’”, acrescentou.