O presidente da FIFA, Gianni Infantino, defendeu a imposição de derrota automática para equipes cujos torcedores cometam atos racistas ou injúria racial durante partidas de futebol. A declaração foi feita por meio de um comunicado divulgado no stories do Instagram no sábado (20.jan.2024), em resposta a um caso de racismo ocorrido durante um jogo do Campeonato Italiano.
Na partida entre Udinese e Milan, o goleiro do Milan, Mike Maignan, foi alvo de ofensas racistas por parte de torcedores da equipe adversária. O jogador francês de 28 anos comunicou o incidente ao árbitro Fabio Maresca, resultando na paralisação do jogo por cerca de 5 minutos, com os jogadores chegando a deixar o campo, embora tenham retornado pouco depois.
Gianni Infantino classificou os insultos como “totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis” e propôs medidas drásticas em seu comunicado: “Nós temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram o abandono da partida, bem como o banimento mundial de estádios e acusações criminais para racistas.”
Segue a íntegra do comunicado:
“Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.
Precisamos que todas as partes interessadas tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.
Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), nós temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram o abandono da partida, bem como o banimento mundial de estádios e acusações criminais para racistas.
A FIFA e o futebol mostram solidariedade total às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!”