A declaração do governador do Amazonas, Wilson Lima (PL), questionando o uso do nome “Amazon” pela gigante de tecnologia, repercutiu nas redes sociais nesta quinta-feira (30). Durante uma entrevista à afiliada da Rede Globo, Rede Amazônia, Lima anunciou sua intenção de se reunir com representantes da Amazon durante a COP 28 e indagou: “A Amazon utiliza o nome do Amazonas. Quanto recebemos por isso?”
Posteriormente, o governo do Amazonas esclareceu, em comunicado, que não busca “royalties ou Pix da Amazon”, mas sim parcerias para atrair investimentos em projetos locais. O fundador da empresa, Jeff Bezos, batizou a varejista global com o nome do maior rio do planeta, o Amazonas, abrangendo setores como varejo, cinema, inteligência artificial e serviços de internet.
Enquanto o governador se encontra nos Emirados Árabes Unidos para a COP 28, a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas confirmou sua agenda com representantes da Amazon em Dubai. A empresa ainda não respondeu sobre a possibilidade de uma reunião com o governo.
Especialistas em propriedade intelectual destacam que não é cabível exigir royalties pelo uso da marca “Amazon”. Segundo a advogada Stephanie Consonni de Schryver, do escritório TozziniFreire Advogados, o termo “Amazônia” é considerado de uso comum, e registros do INPI mostram que outras empresas utilizam a marca para produtos e serviços distintos.
A história do nome “Amazon” remonta à década de 1990, quando Jeff Bezos, fundador da empresa, decidiu renomear sua plataforma de venda de livros. Após considerar diversas opções, encontrou inspiração no rio Amazonas, registrando o domínio Amazon.com em novembro de 1994.
Durante a entrevista, Bezos enfatizou a grandiosidade do rio Amazonas, destacando sua superioridade em relação a outros rios do mundo. Os mais de 600 mil funcionários da Amazon são conhecidos como “amazonianos”.