Deputados membros da Comissão Especial do Impeachment livraram Wilson Lima e Carlos Almeida da denúncia por crime de responsabilidade. Foram 12 votos a favor do arquivamento da denúncia, cinco abstenções e seis votos contrários ao parecer
Manaus – Em votação nesta quinta-feira, 6, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) 12 deputados aprovaram o arquivamento do pedido de impeachment do governador Wilson Lima e do vice-governador Carlos Almeida Filho. Foram seis votos da favor da continuação do processo do afastamento do governador e vice e mais cinco abstenções no parlamento estadual.
Na Comissão, os deputados membros livraram os governantes da denúncia por crime de responsabilidade por 10 votos a favor do arquivamento da denúncia, 4 deputados se abstiveram e um voto, do deputado Wilker Barreto foi contrário ao parecer.
Votaram pelo arquivamento do impeachment os deputados Abdala Fraxe, Adjuto Afonso, Alessandra Campêlo, Augusto Ferraz, Belarmino Lins, Alcimar Maciel, Carlinhos Bessa, Francisco Gomes, Joana Darc, Roberto Cidade, Therezinha Ruiz e Saullo Viana.
Os que votaram contra o arquivamento foram os deputados Álvaro Campelo, Dermilson Chagas, Péricles Nascimento, Josué Neto, Serafim Correa e Wilker Barreto.
Se abstiveram de votar os deputados Fausto Junior, João Luiz, Sinésio Campos, Ricardo Nicolau e Felipe Souza. A deputada Mayara Pinheiro estava ausente na votação.
Na votação o pedido de arquivamento do processo de impeachment venceu por votos. “Foram 23 votos, 12 votos pelo arquivamento da denúncia. 6 votos pelo prosseguimento da denúncia e 5 abstenções. Portanto o pedido de impeachment está arquivado”, declarou o presidente da ALE, Josué Neto.
O autor do relatório que pediu o arquivamento do impeachment, deputado Francisco Gomes (PSC), também defendeu o governo e decidiu atacar a médica Patricia Sicchar, uma das autoras do pedido de impeachment. Em seu pronunciamento, o parlamentar decidiu atacar a cidadania peruana da médica dizendo que ela não poderia querer interferir nos rumos do poder estadual sendo uma estrangeira.
A médica Patrícia Sicchar é secretária-geral do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam). O Simeam já havia se pronunciado sobre nacionalidade da profissional, afirmando que ela possui nacionalidade brasileira e cidadania peruana.
O deputado Wilker Barreto (Podemos) defendeu a médica dos ataques do deputado Gomes. Wilker pediu respeito à profissional e criticou o parecer da comissão afirmando que arquivar o pedido de impeachment é desrespeitar o sofrimento da população amazonense que sofreu com a pandemia da Covid-19.
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