Pré-candidato a prefeito de Manaus, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), vai ajudar na coleta de assinaturas para criação do Aliança pelo Brasil, o futuro partido do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Ao jornal O Globo, Silas disse que, se convocado para ajudar na criação do Aliança, vai trabalhar a favor da coleta.
Para ele, que é irmão do pastor Samuel Câmara, que dirige a igreja Assembleia de Deus na região Norte, não há problemas em auxiliar na coleta de assinaturas.
Silas também vê boa vontade das lideranças de diferentes igrejas em ajudar o presidente. “Não vejo nenhum problema. Eu ajudarei, se for convocado. Se precisar, eu ajudo com alegria”, disse.
Também entrevistado pelo jornal, Samuel manifestou disposição para ajudar, mas deixou claro que os evangélicos “jamais perfilarão em um só partido”.
Com tom menos efusivo que o irmão, Samuel disse que qualquer gesto não significará apoio incondicional ao governo ou ao presidente. “A igreja é também um grupo social que tem vontade política. E, no quebra-cabeça de hoje, as pessoas que gostam do Bolsonaro vão acompanhar isso.
E elas estão dentro da nossa igreja. Então, não criaríamos dificuldade. Mas, não faria disso uma bandeira”, afirmou.
Estratégia bolsonarista
A ideia é fazer coleta de assinaturas na porta das igrejas e nas grandes aglomerações feitas pelos fiéis no período do carnaval.
Com a impossibilidade de fazer a coleta por meio digital – o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria que fazer uma integração de sistema -, os apoiadores de Bolsonaro terão de colher 491 mil assinaturas físicas com reconhecimento em cartório.
Para lançar candidatos nas eleições do próximo ano, o novo partido precisa ser registrado até 4 de abril.
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