SP: Filha de casal carbonizado trocou de chip antes do crime
Ana Flávia Menezes Gonçalves, 24 anos, suspeita de envolvimento da morte dos pais e do irmão, encontrados carbonizados no carro da família em São Bernardo, no ABC Paulista, na última terça-feira (18), trocou o chip de seu celular dias antes do crime. A polícia pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico da filha do casal.
Ana Flávia e a namorada, Carina Ramos, 26 anos, foram presas na quarta-feira (29), após a polícia apontar contradições no depoimento das duas e imagens de câmeras de monitoramento mostrarem que ambas estavam no condomínio da família antes do crime.
Segundo laudo preliminar, Romuyuki Gonçalves, sua mulher Flaviana, e o filho Juan, 16 anos, foram mortos com pancadas na cabeça antes de serem encontrados carbonizados no porta-malas do carro da família, na divisa entre Santo André e São Bernardo.
Na quarta-feira (29), foi presa a filha e irmã das vítimas que foram encontradas carbonizadas dentro de um carro na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Ana Flávia Menezes Gonçalves é acusada de matar a família junto com a companheira, Carina Ramos, que também foi presa.
As duas prestaram depoimentos sobre o crime, mas a versão delas entrou em contradição com imagens de câmeras de segurança. O carro de Ana Flávia foi registrado saindo do condomínio em que a família morava seguido por um Jeep Compass. Esse foi encontrado em chamas algumas horas depois com a mãe, o pai e o irmão de 16 anos dela carbonizados dentro do porta-malas.
A polícia já identificou outros dois suspeitos do crime. Seriam dois homens, um deles com cerca de 1,90 m de altura. Segundo testemunhas, ele foi visto com Ana Flávia e a namorada na frente da casa da família na noite do crime. Nenhum deles havia sido localizado até a publicação desta reportagem.
A Polícia Militar foi acionada para verificar uma ocorrência de veículo queimado na estrada Montanhão, no bairro de mesmo nome. Antes de a PM ser acionada, moradores da região chamaram os bombeiros, que foram ao local para apagar o fogo.
Ana Flávia e Carina tinham hematomas pelo corpo quando prestaram depoimento à polícia. As vítimas se chamam Romuyuki Gonçalves, Flaviana Gonçalves, e o filho Juan Gonçalves.
Na manhã desta sexta-feira (31), um sobrinho de Flaviana foi ao COI (Centro de Operações Integradas) de São Bernardo falar com a polícia. Questionado se mais algum parente estaria envolvido no crime, ele disse não saber.
– Por enquanto, a gente não sabe – afirmou.
A Justiça decretou sigilo no caso.
*Folhapress